Digna de registo é a presença de uma jovem mãe, transportando ao colo o seu bebe de tenra idade, que a não impediu de estar do princípio ao fim. Bem haja pela coragem e testemunho! Quem sabe se não teríamos ali o “catequista” mais novo da Diocese, a ser desde já iniciado nesta vocação.
Guiou-nos nesta reflexão, o Senhor Reitor do Seminário, Pe. José Augusto Rodrigues que, a partir do profeta Isaías, da Anunciação do Anjo a Maria e da Exortação do Papa Francisco, Evangelii Gaudium, nºs 3-4; 264-265, nos criou interrogações e desafiou a trilhar caminhos de respostas, tais como: sendo o Advento um tempo de espera, de acolher Deus que vem, qual a qualidade das minhas esperas? Isaías convida-nos a esperar agindo, preparando o caminho; Maria, ao receber o dom e a alegria de Deus, pôs-se a caminho para anunciar e partilhar com a prima Isabel. Este tempo de espera tem de ser um caminho de fé na alegria de esperar. Se não for tempo de Alegria não é Advento! “ da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído”. (Ev. G. nº 3)
Ser catequista é muito mais que ensinar, é acolher os dons de Deus e testemunhar, partilhar, na alegria, os dons recebidos. Já descobrimos a ação amorosa de Deus na nossa vida? Somos capazes de levar os nossos catequizandos a fazer a mesma descoberta? Só é capaz de anunciar Deus quem vive d’Ele e n’Ele! Rezo a Palavra que anuncio? Ou preocupo-me apenas com as pedagogias? O verdadeiro catequista tem a certeza de que Deus se antecipa à sua ação; que no coração daqueles a quem anuncia existe já o desejo de Deus. O entusiasmo com que anuncia Cristo deriva desta certeza.
Estes são alguns dos desafios com que fomos presenteados e que são já um rico e vasto programa, que dura para a vida toda, do catequista / evangelizador que em espírito de “espera ativa” aceite pôr-se a caminho.
Belmira de Sousa
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