«O Ministério do Catequista» foi o tema do encontro que reuniu no passado domingo, 9 de outubro, mais de uma centena de catequistas da diocese de Leiria-Fátima, no seminário de Leiria. Após o momento inicial de informações e da oração, o Padre André Batista apresentou resumidamente o que é uma Jornada Mundial da Juventude e como a catequese e catequistas se podem envolver, não apenas na dinamização dos grupos que irão participar em Lisboa, no verão de 2023, mas também toda a dinâmica de acolhimento e de envolvimento nos Dias nas Dioceses, uma vez que a Diocese conta receber, se possível em todas as paróquias, cerca de 10.000 jovens durante esses dias que antecedem a participação em Lisboa.
D. José Ornelas Carvalho, bispo diocesano, desenvolveu, depois, o tema central: «O Ministério do Catequista». Num primeiro momento, afirmou a importância do catequista viver a sua missão ao serviço do Evangelho. A catequese não é uma aula, mas a partilha de uma experiência, envolvente, em que cada catequista, em espírito sinodal, ao seu jeito, partilha a sua própria vivência de ser chamado a estar com Jesus e por Ele enviados. Através do catequista, Deus continua a fazer-se próximo, a manifestar a sua bondade, o seu amor, que perdoa e acompanha. Por isso, a catequese é essencialmente para dar a oportunidade de viver e conhecer o pai que gosta de cada um. Sendo um serviço em nome da Igreja, não é um anúncio pessoal, precisando por isso de uma constante atualização, na formação, na aquisição de novas linguagens para anunciar o Evangelho de sempre. O catequista é um missionário dentro da identidade missionária de toda a Igreja, num serviço que é exigente, necessitando de uma preparação adequada, que começa em primeiro lugar com a preparação diante de Deus.
Em segundo lugar, o Sr. Bispo referiu que esta missão do catequista se vive numa Igreja sinodal e ministerial. Partindo da própria forma como Jesus Cristo formou a comunidade primeira de discípulos, com as dificuldades próprias para a criação de uma verdadeira comunidade, afirmou que ela é possível pela ação do Espírito, que continua presente e atuante. Nesta comunidade sinodal, caminhando juntos, os catequistas têm uma missão e fundamental, porque ligada à Palavra. Recordou que, no tempo da “fome”, sempre Deus enviou os seus profetas para anunciarem a Palavra e com ela alimentar o Povo. A missão do catequista continua a ser a mesma de alimentar o povo de Deus, neste tempo em que também se percebe a fome da Palavra, para comunicar vida, acolher em Igreja, numa atitude maternal de quem cuida e faz crescer.
Por fim, D. José contextualizou então este novo ministério laical, o Ministério do Catequista, nesta igreja sinodal e ministerial, ao serviço do Evangelho. Este “novo” ministério, querido pelo Papa Francisco, é destinado a catequistas leigos, aqueles catequistas que, nas comunidades, cuidam, organizam e orientam o serviço da catequese. Serão pessoas instituídas num serviço, com estabilidade, que façam e coordenação da catequese local, seguindo as orientações que os documentos apresentam quanto ao seu perfil, formação necessária e competência. Devem manifestar um verdadeiro compromisso na vida da catequese paroquial. Este ministério do catequista enriquece a Igreja sinodal, a par dos outros ministérios laicais, fortalece a Igreja na missão de anunciar a Palavra.
Dado o avançar do tempo, o Encontro terminou com uma apresentação muito sintética do «Itinerário de iniciação à vida cristã das crianças e dos adolescentes, com as famílias», documento que será apresentado com mais detalhe numa nova oportunidade.
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