Ali pudemos refletir, fazer oração individual e comunitária, em adoração ao SS. Sacramento, receber o Sacramento da Reconciliação… enfim, parar. Parar para nos encontrarmos connosco próprios e com o nosso Deus, foi o primeiro desafio que nos lançou o nosso orientador. Parar para rezar e escutar O Senhor que, neste Advento, vem a nós e nos fala como veio a Maria e lhe falou. E partindo das escrituras, Lc 1, 26-45, ajudou-nos a entrar em casa de Maria de Nazaré, para com ela partilharmos o momento da Anunciação, e ainda com ela, nos pormos a caminho para levar aos outros a alegria deste anuncio e desta presença do Senhor, que também vem a nós, tal como fez Maria indo até à prima Isabel. Entrando na vida de Maria, Deus confia-lhe uma missão que exige heroísmo e Maria sente isso pois fica “perturbada” e questiona o Anjo: “ como será isso…” mas logo se disponibiliza, “ eis a serva do Senhor, faça-se…” e pôs-se a caminho.
Quem aceita a entrada do Senhor na sua vida não pode ficar parado. E Deus, se o deixarmos, muda o que tem que mudar na nossa vida para pudermos realizar a missão a que nos chama. Ele é o Deus dos “impossíveis”. Destabiliza-nos mas fica connosco como ficou em Maria e tal como a ela nos diz: “ não temas!” E, diante do Senhor, na Palavra e na Eucaristia, convidou-nos a questionarmo-nos sobre o lugar que deixamos a Deu na nossa vida e a termos a coragem de lhe dizer: fala Senhor; que queres de mim?
Disse ainda que quando Deus toca o nosso coração é preciso pôr-se a caminho. Somos chamados a levar aos outros o que Deus faz na nossa vida, tal como fez Maria. A sua saudação a Isabel fez saltar de alegria o filho que esta trazia no seio. A proximidade de Jesus, que Maria levava em si, transformou este encontro num momento de júbilo. Esta é a missão da Igreja, de cada um de nós: levar o Salvador aos outros. E o Advento é um tempo privilegiado para que em cada encontro nosso com outros estes possam ficar cheios do Espírito Santo. E questionou-nos: que marca deixamos nós nos outros? Essa marca depende d’Aquele que levamos no coração. Que saibamos receber de Deus para levarmos aos outros.
Terminou avivando a nossa consciência de que, o que fizermos como educadores da fé pode ser decisivo para a vida das pessoas que se cruzam nos nossos caminhos. E que só de coração cheio se pode levar Deus aos outros. Maria pôs-se a caminho porque acreditava que o que levava em si valia a pena. E é Por Maria Deus que Deus chega a Isabel que a felicita: “ Feliz és tu porque acreditaste“. Maria acreditou que se cumprirá o que lhe foi dito da parte do Senhor. E cumpriu-se porque ela, Maria, fez a sua parte.
Também nós, Catequistas, “ levamos um tesouro em vasos de barro.” Que neste Advento e ao jeito de Maria saibamos abrir o nosso coração aos planos de Deus sobre nós e como ela acreditemos que os mesmos se cumprirão, fazendo a nossa parte, de coração cheio.
Obrigada Pe. Gonçalo
Belmira de Sousa
Sem comentários:
Enviar um comentário