Foi conferencista a Doutora Elsa Rodrigues, especialista em psicologia clínica e da saúde, que abordou o tema, em ordem ao aprofundamento do papel da catequese no desenvolvimento da criança e do adolescente.
A Doutora Elsa, de uma forma agradável e por vezes brincalhona, foi ajudando a perceber o que está por detrás dos comportamentos dos educandos e das atitudes a tomar. Vincou que educar é pôr a caminho e citou o Papa Bento VI, que escreveu: “Educar significa conduzir para fora de si mesmo, ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa”. Por isso todo o educador deverá perceber que educar é colaborar no projecto de vida. É ajudar a descobrir a dimensão física, psíquica, intelectual e espiritual do educando, quer seja na infância, adolescência ou juventude.
Alertou também, para o perigo de que as crianças confundam o amor incondicional dos pais com submissão destes, a tudo o que elas desejem. O mimo nunca é demais, o que falta são as regras. Por isso, a falta de definição e imposição de limites, por parte dos pais, leva a que se potencia o desenvolvimento do “síndroma de imperador”. Comentava a doutora Elsa: “Não temos crianças hiperativas, temos é pais híper passivos”. O papel das crianças é pôr os pais à prova, para saberem até onde podem ir.
Deixa-los falar, tentar perceber o que eles pretendem, é muitas vezes o caminho mais adequado para fazer caminho com o educando. Conter os nervos ou a raiva e escutar mais do que falar foi o conselho que foi deixado à assembleia, o que envolve treino, paciência e tempo da parte do educador.
Após um período de perguntas e respostas, seguiu-se um animado convívio com café da avó e variados acepipes, trazidos pelos participantes.
Américo Sabino
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