Serviço Diocesano da Catequese

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Quaresma – Manhã de Oração para Catequista

Foi na manhã do sábado 21, que cerca de 7 dezenas de catequistas se reuniram na capela de S. José, no Seminário de Leiria, para o seu, já habitual, encontro de meditação/oração Quaresmal. Guiou-nos, neste percurso, sob o tema da mensagem do Papa para esta Quaresma: “ Fortalecei os Vossos Corações” o Padre Pedro Viva, Capelão do Hospital de Santo André.

Começou por nos dizer que rezar é deixar-se surpreender pela graça de Deus, pela atenção aos Seus sinais que nos chegam através de simples gestos, palavras, acontecimentos… do quotidiano. E ainda, citando Sto. Inácio, que não é o muito saber que sacia a alma mas o entendimento e gosto interior pelas “coisas” de Deus.

E, situando-nos na Quaresma, lembrou-nos que este é um tempo de graça em que a Igreja nos convida a três atitudes fundamentais: jejum, esmola e oração; jejum no verdadeiro sentido de privar-se por amor a Deus e aos irmãos pois, “ nem só de pão vive o homem”. Implicando neste jejum todos os sentidos: a língua, os olhos, os ouvidos… sempre para criar em nós espaço para Deus e para os outros. Atitude esta, que deve tender em nós a ser permanente pois a caridade não tem épocas e as três atitudes estão ligadas visando sempre o mesmo objetivo. Neste sentido, e com base na mensagem do Papa, que nos alerta para o perigo da globalização da indiferença, lembrou que é Deus quem nos converte, se escutarmos o Seu apelo e aceitarmos viver na Sua dependência. Assim, precisamos de pedir a Deus um coração misericordioso e não deixar que ele caia nessa indiferença para onde nos impele a corrente do quotidiano. Coração que use de misericórdia, como o Bom Samaritano de Lc. 10, 25-37, a contrastar com as atitudes de indiferença do sacerdote e do levita, funcionários do Templo, que ao verem o homem caído passaram adiante. E concluiu, dizendo que a caridade nos é imposta pela nossa condição de cristãos: “Sereis meus discípulos se vos amardes uns aos outros”. E que o melhor discurso da nossa vida é sempre o testemunho.

Ligando esta reflexão à nossa missão de catequistas lembrou que é importante, na catequese, privilegiar as histórias de Santos pois são testemunhos de vidas reais que ficam na memória dos catequizandos e podem operar conversão. Referiu também que, perante comportamentos de catequizandos difíceis de gerir, é preciso “encher-se de compaixão” pois só o amor toca e também é preciso educar para o amor. E terminou lembrando que o Amor se vive na vida comunitária, no trabalho de equipa, no perdão recíproco, na atitude de ir ao encontro do outro… E que crescer no Amor de Deus passa sempre pelo Amor aos irmãos.

Esta meditação foi enriquecida pela possibilidade de receção do Sacramento da Reconciliação e pela adoração do SS Sacramento. O “Menu” foi forte e rico! Saibamos nós digeri-lo e alimentarmo-nos dele.

Obrigada Padre Pedro Viva.

Belmira de Sousa

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